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Primeira safra de milho está sendo colhida no Distrito Federal

Primeira safra de milho está sendo colhida no Distrito Federal

Data de Publicação: 7 de fevereiro de 2025 07:52:00 Inovações aumentam a eficiência, a produtividade e a sustentabilidade das lavouras. O cereal abastece principalmente o mercado interno de ração animal e consumo humano, gerando empregos diretos e indiretos

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Inovações aumentam a eficiência, a produtividade e a sustentabilidade das lavouras. O cereal abastece principalmente o mercado interno de ração animal e consumo humano, gerando empregos diretos e indiretos

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A expectativa é de colher 151 mil toneladas na primeira safra deste ano, plantada em outubro e novembro de 2024 e colhida entre janeiro e março -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

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A expectativa é de colher 151 mil toneladas na primeira safra deste ano, plantada em outubro e novembro de 2024 e colhida entre janeiro e março - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

A produção de milho no Distrito Federal tem ganhado destaque nos últimos anos, consolidando a região como um importante polo agrícola. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que 16 mil hectares da cultura foram plantados em 2024, representando um aumento de 3,2% em relação aos 15,5 mil hectares em 2023. A produtividade também cresceu, saltando de 8,9kg por hectare para 9,4kg por hectare, um aumento de 6,5%.

A expectativa é de colher 151 mil toneladas na primeira safra deste ano, plantada em outubro e novembro de 2024 e colhida entre janeiro e março. O plantio da segunda safra teve início nos primeiros meses de 2025 e será colhido entre abril e junho. Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), o DF conta atualmente com 2.595 produtores de milho.  

Manoel Pereira da Silva, 80 anos, cultiva o cereal desde 1976 no núcleo rural Vargem da Benção, em uma área de 5 hectares. Ele espera colher cerca de 30 mil espigas nesta safra. "Eu planto e vendo para a população local. O lucro é muito bom", afirmou. Para Manoel, a terra do Distrito Federal é altamente fértil.

"Com uma boa adubação, principalmente orgânica, é possível colher espigas grandes e bonitas. O clima também ajuda, com as chuvas favorecendo o desenvolvimento das plantas. Na seca, usamos a irrigação", explicou. No entanto, ele ressaltou a dificuldade de encontrar mão de obra como um dos principais desafios enfrentados pelos produtores locais.  

 

Manoel Pereira, 80, produtor no Recanto das Emas, espera colher cerca de 30 mil espigas nesta safra(foto: Carlos Vieira/CB Press)

 

Avanços 

Adriana Nascimento, engenheira agrônoma da Emater-DF, destacou o crescimento das tecnologias aplicadas ao manejo do milho na região. "Essas inovações aumentam a eficiência, a produtividade e a sustentabilidade das lavouras. Entre elas, o uso de drones para monitoramento aéreo, sensores de umidade do solo para irrigação precisa e maquinário avançado, como plantadeiras e colheitadeiras inteligentes com GPS," disse.  

Além disso, softwares de gestão agrícola estão sendo cada vez mais utilizados pelos produtores. "Esses programas analisam dados de produção, clima e mercado, auxiliando na tomada de decisões estratégicas, como o melhor momento para plantar e colher," completou Adriana.  

Sobre o clima do Distrito Federal, caracterizado por períodos definidos de chuvas e seca, Adriana avalia que essa previsibilidade climática é uma vantagem. "A maior parte dos nossos cultivos utiliza as chuvas para irrigação natural, dispensando a necessidade de sistemas artificiais. Isso permite que os produtores programem corretamente o plantio e a colheita, otimizando a qualidade dos grãos," observou.  

Adriana explicou que o milho produzido no DF tem diversos usos: "A maior parte é destinada à produção de ração animal para aves, suínos e gado. Uma parte menor vai para o consumo humano, tanto in natura quanto em derivados, como farinhas e flocos. Além disso, o milho também é utilizado na indústria para a produção de etanol, amido e outros insumos."  

Josimar Santos, 47, produtor de milho há quatro anos em dois hectares no Setor Padre Lúcio, em Águas Lindas de Goiás, considera o cultivo vantajoso. "O milho que planto é destinado à produção de pamonha, sem uso de agrotóxicos. Como faço o plantio fracionado, consigo oferecer um produto fresco e de qualidade às pamonharias locais," conta ele.  

Rentabilidade

Segundo Rafael Bueno, secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), a maior parte do milho no Distrito Federal é cultivada na segunda safra, conhecida como "safrinha", após a colheita de soja e feijão. "Essa prática garante maior rentabilidade, aproveitando eficientemente as áreas plantadas. O maquinário vem conlhendo e já inserindo a semente do milho. As principais regiões produtoras são Planaltina, Paranoá e São Sebastião," afirmou.  

O milho híbrido predomina na produção local, com o preço da saca girando em torno de R$ 50. Rafael destaca que alguns produtores reduziram o cultivo devido à baixa atratividade econômica, mas a demanda por milho verde in natura permanece alta. "A produção de milho no DF abastece principalmente o mercado interno, sendo direcionada para a ração animal e o consumo humano," acrescentou.  

Rafael Bueno enfatiza que a produção de milho impulsiona a geração de empregos diretos e indiretos. "Desde o plantio e colheita até o transporte, manutenção de maquinário e comercialização de insumos, toda a cadeia movimenta a economia local," argumentou.  

Para ele, o milho é essencial para fortalecer o agronegócio no DF. "A produção de aves de corte, por exemplo, utiliza ração composta por 50% de milho. Essa cadeia está em expansão, tendo gerado R$ 780 milhões em 2023 e superando R$ 1 bilhão em 2024. Isso reforça a importância do milho como matéria-prima fundamental," ressaltou o secretário.

 

 

 

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Mariana Saraiva 

 

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