x
Os cientistas ainda levaram em conta outros fatores que afetam a mortalidade para além do cigarro, como o estado socioeconômico e atividade física - (crédito: Freepik/Reprodução)
Cada cigarro fumado pode encurtar a vida de uma pessoa em até 20 minutos, segundo a Universidade College de Londres. Os pesquisadores aprofundaram uma pesquisa dos anos 1990, do jornal Médico Britânico, que repercutiu midiaticamente ao dizer que cada cigarro diminuiria 11 minutos da vida de um fumante.
Tendo como base a conta dos pesquisadores, cada carteira de cigarro (20 unidades) fumada equivaleria a uma perda de seis horas e 40 minutos de vida. Em 20 anos, na mesma proporção, seria o equivalente a cinco anos e meio a menos de expectativa de vida.
O estudo original utilizou como amostra apenas homens, com a estimativa de mortalidade baseada apenas em dados médicos para o sexo masculino. Agora, a pesquisa da University College, publicada no periódico científico Addiction, analisou informações mais atualizadas sobre a mortalidade dos homens, bem como dados de mulheres, coletados pelo Milion Women Study.
Os cientistas ainda levaram em conta outros fatores que afetam a mortalidade para além do cigarro, como o estado socioeconômico e atividade física.
Após esses ajustes, o estudo averiguou que os fumantes homens perderam cerca de 10 anos de sua expectativa de vida, enquanto as fumantes mulheres, 11. Dividindo este montante pelo número aproximado de cigarros fumados por dia, os autores chegaram à conclusão que "isto levaria a um aumento da perda estimada da esperança de vida por cigarro para 20 minutos no total: 17 minutos para os homens e 22 minutos para as mulheres”.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Os pesquisadores ressaltam, porém, que sua análise se baseia em padrões e que cada caso é um caso. Além disso, eles levaram em consideração que todos os fumantes consumiam o mesmo número de cigarros por dia ao longo da vida. "Alguns fumantes têm uma vida longa e saudável, enquanto outros sucumbem a doenças relacionadas ao tabaco e à morte na casa dos 40 anos", descrevem.
- Leia também: Cigarro destrói DNA, dizem pesquisadores
Apesar das ressalvas, o estudo é válido e alerta: "os riscos do tabagismo para a saúde não são lineares e não basta apenas reduzir o consumo. É necessária a cessação total para obter o máximo de benefícios para a saúde e para a vida".
"Deixar de fumar em todas as idades é benéfico, mas quanto mais cedo os fumantes saírem desta escada rolante da morte, mais longas e saudáveis serão as suas vidas", completam os pesquisadores.