Mais de 163 mil crianças e adolescentes já se vacinaram contra a dengue no DF
Data de Publicação: 14 de maio de 2025 05:30:00 Apesar do número expressivo de imunizações, Secretaria de Saúde quer ampliar a cobertura vacinal; imunizante é aplicado em duas doses, com intervalo de 90 dias, e previne as formas graves da doença causada pelo Aedes aegypti Por Victor Fuzeira, da Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger
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Victor Fuzeira, da Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger
Mais de 163 mil crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos já se imunizaram contra a dengue no Distrito Federal. Desde fevereiro do ano passado, o imunizante, que previne as formas graves da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, está disponível para a população nas Salas de Vacina da rede pública de saúde.
Apesar dos números expressivos, a vacinação contra a dengue ainda está longe da cobertura ideal. Do total de imunizações, 109.172 foram de primeira dose (D1) e 53.976 foram D2, representando um índice de 59,7% para a D1 e 29,5% para a D2.
Para se vacinar, basta que a criança ou o adolescente compareça a uma das salas de vacina do DF acompanhada de pai ou responsável, portando documento de identificação e a caderneta de vacinação | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
“A vacina da dengue foi incorporada no ano passado à rede pública de saúde como uma estratégia do Ministério da Saúde para imunizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Essa é a faixa etária com maior índice de hospitalizações e óbitos por dengue no país. Ela está disponível em toda a rede pública, com mais de 100 pontos de vacinação — unidades básicas, principalmente — preparados para atender esse público”, explicou Karine Castro, gerente substituta da Rede de Frio do DF.
O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público de saúde. Incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro de 2023, o imunizante é aplicado em duas doses, com intervalo de 90 dias entre as aplicações. Para isso, basta que a criança compareça a uma das salas de vacina do DF (lista completa aqui) acompanhada de pai ou responsável, portando documento de identificação e a caderneta de vacinação.
“É importante destacar que para a imunização ser eficaz, é essencial completar o esquema vacinal com as duas doses”, enfatizou. “Por isso, sempre reforçamos: quem ainda não tomou a primeira dose, que vá se vacinar. E quem já tomou a primeira, que não deixe de tomar a segunda. Só assim conseguiremos uma proteção efetiva contra a doença.”
Recomendações
A vacina da dengue foi incorporada no ano passado à rede pública de saúde como uma estratégia para imunizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. "Essa é a faixa etária com maior índice de hospitalizações e óbitos por dengue no país", afirma Karine Castro, gerente substituta da Rede de Frio do DF
A Secretaria de Saúde do DF recomenda que, caso a criança ou adolescente tenha sido diagnosticada com dengue, é necessário aguardar seis meses para iniciar o esquema vacinal. Se houver contaminação pela doença após a primeira dose, deve-se manter a data prevista para a segunda dose, desde que haja um intervalo de 30 dias entre a infecção e a segunda dose.
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A vacinação contra a dengue não é indicada para indivíduos com imunodeficiência congênita ou adquirida, incluindo aqueles em terapias imunossupressoras, com infecção por HIV sintomática ou com evidência de função imunológica comprometida, e pessoas com hipersensibilidade às substâncias listadas na bula, além de mulheres gestantes ou em fase de amamentação.
Cuidados permanecem
Embora a vacina contra a dengue represente um avanço na proteção da população, o controle do mosquito Aedes aegypti continua sendo a principal estratégia de prevenção não apenas contra a dengue, mas também contra outras arboviroses urbanas, como a chikungunya e o vírus Zika.
Isso se deve ao fato de que o imunizante, por si só, não interrompe a cadeia de transmissão, especialmente em áreas com alta densidade do vetor. Medidas como eliminar focos de água parada, vedar caixas d’água e manter quintais limpos seguem sendo essenciais no combate à proliferação do mosquito.

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