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Pessoas na Praça de São Pedro após fumaça preta sair de uma chaminé sobre a Capela Sistina, no segundo dia do conclave, no Vaticano, em 8 de maio de 2025. Fumaça preta saiu de uma chaminé sobre a Capela Sistina do Vaticano pelo segundo dia em 8 de maio, enquanto os cardeais reunidos em conclave mais uma vez falharam em escolher um novo papa. Milhares de fiéis e curiosos aguardavam a fumaça na Praça de São Pedro na manhã do segundo dia de votação secreta dos 133 cardeais eleitores - (crédito: Dimitar Dilkoff/AFP)
A Igreja Católica escolheu, nesta quinta-feira (8/5) o novo líder da Igreja. Após três votações no conclave, os cardeais emitiram uma fumaça branca pela chaminé da Capela Sistina. O papa tem a responsabilidade de guiar os mais de 1 bilhão de católicos em todo o mundo em questões de fé e moral.
Cabe ao pontífice, interpretar o Evangelho, ensinar a doutrina católica e publicar documentos importantes como encíclicas e exortações apostólicas, que orientam a reflexão e a prática dos fiéis ao longo dos diferentes períodos históricos e diante dos desafios do mundo moderno.
Além de comandar a Igreja Católica em todo o mundo, o novo pontífice também tem status de chefe de Estado: ele é o responsável por dirigir a Cidade do Vaticano, o menor país do mundo, localizado dentro de Roma.
Lá, o papa exerce poderes de líder absoluto. Ele é, ao mesmo tempo, o chefe dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Assim, o pontífice atua na manutenção de relações diplomáticas do Vaticano com diversos países. Ele também participa de organizações internacionais e atua em causas de paz, justiça social e direitos humanos. No comando da Igreja, ele celebra missas importantes no Vaticano e ao redor do mundo, e tem o poder de nomear bispos e cardeais.
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Apesar da imagem serena que transmite, o dia a dia de um papa é marcado por compromissos intensos. Ele começa o dia cedo, participa de missas e reuniões, analisa documentos, recebe líderes políticos e religiosos e dedica tempo à oração e à reflexão.
O papa também aparece publicamente em eventos como a audiência geral das quartas-feiras e a oração do Angelus, aos domingos, na Praça de São Pedro.
Atualmente, a Igreja Católica enfrenta uma série de desafios, como uma crise de credibilidade que se intensifica com escândalos de abuso sexual e falta de transparência financeira e administrativa. Além disso, em muitas partes do mundo, observa-se um crescente afastamento das pessoas do catolicismo, especialmente entre os jovens. Fato que começou a ser revertido com a postura de fraternidade e acolhimento propagada pelo papa Francisco, que morreu aos 88 anos.
O Vaticano também é palco dos conflitos e tensões políticas que se espalham nos últimos anos. Existem divisões significativas dentro da Igreja em relação a questões doutrinárias e morais, como a acolhida a imigrantes e pessoas LGBTQIA+, o papel das mulheres, questões ambientais, conflitos bélicos, divórcio, aborto e o celibato dos sacerdotes.
Caberá ao novo papa liderar a Igreja e unificar os fiéis em um momento de tantos desafios.