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O uso das redes sociais pode impactar a saúde mental - (crédito: Reprodução/Freepik )
Um estudo realizado na Universidade Baylor, no Texas (EUA) investigou como o uso das redes sociais impacta na percepção de solidão moderna ao longo do tempo. O trabalho, nomeado de The Epidemic of Loneliness: A Nine-Year Longitudinal Study of the Impact of Passive and Active Social Media Use on Lonelines (A epidemia da solidão: um estudo longitudinal de nove anos sobre o impacto do uso passivo e ativo das mídias sociais na solidão, em tradução livre) revela que as plataformas originalmente criadas para a união, resultam em uma epidemia de solidão.
O artigo, publicado na revista Personality and Social Psychology Bulletin, nesta sexta (7/2), destaca que tanto o uso passivo quanto o ativo das redes foram associados a sentimentos expansivos de solidão ao longo do tempo. Embora os pesquisadores já julgavam previsível que o uso passivo (navegar sem interação) resultasse em solidão, eles descobriram que o uso ativo, envolvendo postagens e engajamento com outras pessoas, também gera o aumento do sentimento. Isso sugere que a qualidade de interações digitais não atende às necessidades sociais necessárias na comunicação face a face.
Pesquisador principal, James A. Roberts declarou à revista norte-americana sobre os impactos das redes na saúde mental. “Embora as mídias sociais ofereçam acesso sem precedentes às comunidades online, parece que o uso extensivo — seja ativo ou passivo — não alivia os sentimentos de solidão e pode, na verdade, intensificá-los.”
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Um paradoxo entre um uso contínuo pela busca de felicidade das redes e o sentimento de solidão também foi destacado na pesquisa. "Pessoas solitárias recorrem à mídia social para abordar seus sentimentos, mas é possível que tal uso de mídia social apenas alimente as chamas da solidão", disse o Dr. Roberts.
Em conclusão, os pesquisadores destacam a necessidade de mais estudos sobre os efeitos da interação digital e a importância de conexões presenciais para uma saúde mental equilibrada.