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Estudos recentes ligam o aumento do consumo de bebidas com alta concentração de cafeína com ansiedade, sintomas depressivos e comportamentos de risco. Consumo aumentou 15% somente ano

Estudos recentes ligam o aumento do consumo de bebidas com alta concentração de cafeína com ansiedade, sintomas depressivos e comportamentos de risco. Consumo aumentou 15% somente ano

Data de Publicação: 11 de novembro de 2024 16:51:00 Estudos recentes ligam o aumento do consumo de bebidas com alta concentração de cafeína com ansiedade, sintomas depressivos e comportamentos de risco. Consumo aumentou 15% somente ano

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Cafeína em energéticos vem em

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Cafeína em energéticos vem em "concentração muito maior" do que no cafezinho ao qual se está habituado - (crédito: Getty Images)

O mercado de energéticos no Brasil está em constante crescimento, e o consumo dessas bebidas no dia a dia do país mais do que duplicou desde 2010. Segundo matéria publicada no Jornal da USP, esse aumento pode levar a transtornos psíquicos, uma vez que o abuso de algumas substâncias presentes neles podem ser prejudiciais à saúde mental

Segundo pesquisa da Scanntech, disponibilizada pelo Jornal da USP, neste ano houve um aumento de 15% na venda de bebidas energéticas em relação a 2023. Se comparado a dados anteriores, esse crescimento é ainda mais evidente: a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR) informa que, de 2010 para 2020, “a produção dos energéticos passou de 63 milhões de litros por ano para 151 milhões”.  

Ao analisar esse cenário, o professor e psiquiatra Fernando Asbahr, coordenador do Ambulatório de Ansiedade na Infância e Adolescência do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), se mostra preocupado, devido ao excesso de substâncias que existem nestes produtos, e alerta para os riscos que envolvem o consumo abusivo.  

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“Estudos mais recentes hoje já trazem uma associação do alto consumo de energéticos com mais ansiedade, mais sintomas depressivos, mais comportamentos de risco”, informa ele ao Jornal da USP. “Não se trata de uma relação de causalidade, mas com certeza há uma ligação, que já é relevante para a saúde mental da população.” 

Segundo o psiquiatra, a maioria desses efeitos e comportamentos, em especial os que dizem respeito à saúde mental, podem estar ligados à alta quantidade de cafeína nas bebidas — que “vem em uma concentração muito maior nos energéticos do que no cafezinho que a gente está habituado”, de acordo com ele. “A cafeína é um potente estimulador do sistema nervoso central e o abuso dessa substância gera consequências graves.” 

A União Europeia, por exemplo, considera obrigatória a rotulagem de bebidas que tenham mais de 150 mg de cafeína por litro, as quais não são recomendadas para crianças, mulheres grávidas ou lactantes. Os energéticos geralmente têm concentrações a partir de 300 mg/L, o que faz com que devam ser consumidos com muita cautela, uma vez que a bebida, “por si só, já traz um excesso nas quantidades de substâncias que possuem”. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que um adulto não consuma mais de 400 mg de cafeína por dia

 

 

 

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