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Brasiliense Caio Bonfim é prata na marcha atlética

Brasiliense Caio Bonfim é prata na marcha atlética

Data de Publicação: 1 de agosto de 2024 07:14:00 “Nessa prova aí nós não estamos brincando de rebolar. Nós somos uma potência, somos medalhistas olímpicos”, disse o brasileiro FacebookWhatsApp

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“Nessa prova aí nós não estamos brincando de rebolar. Nós somos uma potência, somos medalhistas olímpicos”, disse o brasileiro

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Foto: Alexandre Loureiro/COB

Thiago Henrique de Morais

01/08/2024 6h13

Todo o preconceito por correr “rebolando” nas ruas de Sobradinho tiveram um custo enorme a Caio Bonfim. Após muito tentar e persistir, após sair de cadeira de rodas ao fim da prova de Londres-2012, de ficar em quarto no Rio-2016 e de sofrer em Tóquio-2020, em meio a pandemia, ele conseguiu dar não só a ele, mas a toda a sua família, a tão sonhada medalha olímpica na prova de 20km da Marcha Atlética, em prova realizada nesta madrugada, em Paris. A prata é dele. “Nessa prova aí nós não estamos brincando de rebolar. Nós somos uma potência, somos medalhistas olímpicos”, disse o brasileiro logo após a prova, ao Sportv.

Caio Bonfim fez uma prova perfeita. Logo no início, o brasiliense mostrou que estava disposto a conquistar uma medalha olímpica. Diferentemente do que costuma fazer, permanecendo dentro do pelotão, ele chegou a dar uma boa arrancada, abrindo sete segundos no primeiro dos 20 quilômetros. Em função disso, ele ficou destacado do olhar dos árbitros, o que que lhe gerou dois amarelos no 1,5km inicial.

Caio, então, acabou voltando ao meio do pelotão para evitar a primeira punição, o que minaria a sua chance de medalha – cada atleta pode tomar três vermelhos antes da obrigatoriedade de parar por dois minutos, o que praticamente tira qualquer atleta da disputa. Assim, nos sete quilômetros seguintes, Caio não se destacou na primeira colocação, chegando a estar na 35ª posição, mas sem nunca desgarrar de seus rivais.

Ele só voltaria a liderar a prova no quilômetro 10, permanecendo ali por uma volta, mas sempre perseguido por seus oponentes. Já era para sentir o gostinho da medalha que estaria por vir minutos depois. Somente a partir dos últimos 5km foi que os líderes começaram a abrir uma vantagem, criando um pelotão exclusivo da medalha, sempre com o brasiliense por ali.

Caio manteve uma boa passada na reta final. O que assustou, entretanto, foram os últimos dois quilômetros, quando ele acabou recebendo duas punições, ficando pendurado no fim, pondo a chance de medalha em risco. Por sorte, não veio a acontecer. Na última volta, o equatoriano Daniel Brian Pintado desgarrou de vez. Caio não pode segui-lo de perto, até para evitar uma nova punição. Ele manteve o seu ritmo, mas tinha ao seu lado o atual campeão olímpico na cola, o italiano Massimo Stano. Mas era o dia de Caio Bonfim. Quatorze segundos após Pintado cruzar a linha de chegada, outro sul-americano passou em segundo lugar. Era Caio, o novo medalhista olímpico.

 

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