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Quatro filhotes em treinos radicais para se tornarem cães farejadores

Quatro filhotes em treinos radicais para se tornarem cães farejadores

Batalhão canino da Polícia Militar ganha reforço com treinamento do novo quarteto; espécie é capaz de rastrear mais de 970 odores Rafael Secunho, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

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Quatro filhotes de cães estão em treinamento pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para atuar no combate ao crime na capital federal. A destreza e o tamanho parecem de cachorros adultos. Três pastores da raça belga-malinois – Atena, Izzy e Chacal – e um pastor-alemão, Sirius, são as novas feras em treinamento no quartel do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães).

A mascote Atena, de cinco meses, é treinada para detectar explosivos | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Os futuros operadores, que têm entre seis meses e um ano e meio de idade, se exercitam diariamente em atividades com os policiais. Com 48 cães farejadores no plantel, o BPCães os divide por área de atuação: detecção de entorpecentes e armas de fogo, detecção de explosivos, busca e captura por odor específico e guarda e proteção. A partir dos três meses, em média, o animal já está apto para iniciar os treinos.

“Quanto mais precocemente começarmos a treinar o cachorro, será melhor para ele criar uma conduta e poder estar conosco na atividade policial”Primeiro sargento Bernardo Oliveira

“Antes de ser colocado neste trabalho, o filhote passa por uma seleção, e aí são analisados os indicativos, se ele tem os impulsos para se tornar um cão policial e participar do trabalho diário”, explica o aspirante a oficial Davi Cruz, chefe de um dos pelotões do batalhão. “Em no máximo um ano e meio, ele é considerado um cão formado, a depender do rendimento.”

Lado a lado

O binômio cão-policial, como costumam falar os agentes, segue em missões policiais lado a lado – o “aluno” e seu respectivo treinador. “Temos nossas próprias demandas, mas nosso batalhão também é de apoio; diariamente, há solicitação de outras forças de segurança para localizar droga ou buscar fugitivos”, afirma o sargento Franque Salviano, treinador de Izzy, a fêmea aprendiz na área de busca por drogas e armas de fogo.

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Já o “coleguinha” Chacal, com seis meses de idade e pelagem negra, atua na área de busca a partir de um cheiro apresentado. Conforme os policiais, é um treinamento intensificado nos últimos tempos e motivado pelo caso Lázaro – o assassino em série que passou 20 dias em fuga na mata em cidades goianas e que deixava objetos e roupas pelo caminho.

Formação de hábitos

A mascote desta turma é Atena, de cinco meses, que aprende a detectar explosivos. Em sua rotina, a ágil cadela fareja esses materiais em canos de PVC enterrados no gramado. Objeto encontrado, ela ganha como recompensa uma bolinha acolchoada para brincar. Segundo seu condutor, o primeiro sargento Bernardo Oliveira, ao completar 1 ano, Atena já estará pronta para atuar nas ruas do DF.

“Tudo que se ensina para o cachorro são hábitos”, orienta Bernardo, que atua há 16 anos no batalhão. “Quanto mais precocemente começarmos a treiná-lo, será melhor para ele criar uma conduta e poder estar conosco na atividade policial.”

As feras se aposentam aos 8 anos, em média. Tempo suficiente para que, com capacidade de reconhecer até 978 odores diferentes, sejam importantes aliados na redução da criminalidade.

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