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Oficinas gratuitas no Polo de Cinema de Sobradinho atendem 200 estudantes

Oficinas gratuitas no Polo de Cinema de Sobradinho atendem 200 estudantes

Até 31 de março de 2023, Escola das Artes e Economia Criativa disponibiliza oficinas com dez horas/aula para alunos entre 13 e 17 anos do ensino fundamental 2 e do ensino médio Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

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Oficinas no segmento de produção audiovisual movimentam o Polo de Cinema e Vídeo Grande Otelo desde o início desta semana. A parceria entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e a organização da sociedade civil (OSC) Instituto de Desenvolvimento, Inclusão Social e Cultural (Idisc) oferta cursos livres introdutórios a estudantes das regiões de Sobradinho, Sobradinho II e Fercal, com recursos de cerca de R$ 500 mil.

O projeto de oficina, criado há cinco anos e nomeado Escola das Artes e Economia Criativa, consiste na oferta de dez horas/aula para 200 alunos entre 13 e 17 anos do ensino fundamental 2 e ensino médio, e vai até 31 de março do próximo ano. Estão previstas no programa atividades de criação de roteiro, direção, produção, interpretação, interpretação teatral para deficientes visuais e direção de fotografia.

Oficinas no Polo de Cinema atendem estudantes das regiões de Sobradinho, Sobradinho II e Fercal, com recursos de cerca de R$ 500 mil | Fotos: Hugo Lira/Secec

“Trata-se da retomada de um equipamento importante, que precisa ser cada vez mais aprimorado para fazer frente às demandas do audiovisual da capital do país, que já tem um lugar de destaque na cinematografia brasileira”, diz a subsecretária de Economia Criativa da Secec, Ângela Inácio.

O espaço recebeu investimento de R$ 231 mil pela Secec na troca de telhado do galpão, além de reformas nos sistemas hidráulico, elétrico, pinturas e roçagem. A Idisc contribuiu com R$ 6 mil em materiais e está, agora, promovendo as oficinas, que ampliam o potencial do equipamento cultural enquanto centro de formação.

“Existem oportunidades diferentes daquelas com as quais os alunos estão acostumados”, diz o professor Alexandre Marçal

“Quero produzir uns vídeos, incentivá-los [os alunos] a conhecer um pouco da área, e aí surgiu essa oportunidade”, disse o professor de filosofia Alexandre Marçal, que vai trabalhar com alunos do ensino médio. Ele acredita que os jovens estão bastante interessados no projeto, pela oportunidade de enxergar algo diferente. “Eles vão ter a chance de vislumbrar coisas novas, de ver que existem outras realidades, que existem oportunidades diferentes daquelas com as quais estão acostumados”, opina.

David Barbosa Luna, de 18 anos, participou da oficina de direção na terça-feira (25), e celebrou com a possibilidade de realização de um curta-metragem com sua turma. “Os cursos dão um entusiasmo a mais na gente. Gosto de falar bastante, usar a criatividade, e é agradável demais o ambiente. Só de estar aqui já é incrível”, comentou o aluno do Centro de Ensino Médio 04 de Sobradinho.

Já o colega de escola Vitor Hugo Resende Sousa, também de 18 anos, optou pelo curso de interpretação. “Na oficina de interpretação, você consegue se movimentar, dá pra fazer várias expressões, te dá mais vantagem para trabalhar com cinema e teatro. Aprendi muita coisa me divertindo”, comemorou.

Professores da capacitação em audiovisual recebem escolas de Sobradinho e Fercal

Um dos objetivos das ações é levar informações aos estudantes sobre as possibilidades da economia criativa no segmento audiovisual, como oportunidades de trabalho e geração de renda. O termo de fomento tem o valor de R$ 499.903,44, com expectativa de geração de 25 empregos diretos, além de certificação de 200 estudantes.

O produtor Nílson Rodrigues conta com a experiência em trabalhar no local. Em 2013, coassinou a produção do filme O Outro Lado do Paraíso (2014, drama, 101 minutos), de André Ristum. O Polo foi palco da cenografia do longa, baseado na autobiografia do jornalista Luiz Fernando Emediato, narrando a história de uma família que se muda de Minas Gerais para Brasília.

Rodrigues, que já foi diretor da Agência Nacional do Cinema (Ancine) entre 2004 e 2008, festeja a iniciativa e cobra que ela tenha continuidade. “O Polo deve funcionar como um centro aglutinador de todas as etapas na produção do filme, da gravação em estúdio, espaços para abrigar materiais, adereços e cenários”, opina.

*Com informações da Secec

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