Estudo indica que exercícios respiratórios podem combater o Alzheimer
Data de Publicação: 2 de maio de 2023 23:08:00 A pesquisa da Scientific Report contou com dois grupos. Eles participaram de exercícios respiratórios diferentes durante 40 minutos Tainá Ferreira Claudia Meireles
Uma pesquisa divulgada pela Scientific Report revelou que exercícios respiratórios podem ajudar a combater o Alzheimer. Para chegar a essa conclusão, dois grupos de pessoas foram submetidos a esse tipo de prática durante 40 minutos, diariamente. Ao final, quem praticou atividades de respiração teve níveis de marcadores associados à doença de Alzheimer reduzidos.
O teste foi feito em 108 participantes com monitores cardíacos presos aos ouvidos. Ainda não foi comprovado se a atividade pode conter a crescente onda de demência na sociedade, mas a descoberta é um avanço importante para a ciência.
Segundo informações do site britânico IFLScience, metade das pessoas passou 20 minutos se acalmando com músicas agradáveis e pensamentos “calmantes”. A outra parte foi instruída a inspirar e expirar lentamente no tempo de um marca-passo na tela de um laptop, que girava a 0,1 Hertz.
Os batimentos dos que seguiam o marca-passo (Osc+ na terminologia do estudo) aumentavam à medida que inspiravam e diminuíam na expiração. Já o outro grupo se manteve estável.
As amostras foram testadas para duas formas de beta-amiloide, que forma placas nos cérebros de indivíduos com Alzheimer, e a proteína Tau, cujos emaranhados intracelulares são outra característica comum em cérebros com o transtorno.
Ao final da pesquisa, os níveis de ambos os tipos de beta-amiloide no sangue do grupo Osc+ eram mais baixos do que antes de começarem. No grupo de pensamentos calmantes os níveis aumentaram.
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A teoria dos autores é a de que oscilações crescentes na frequência cardíaca estimulam o sistema nervoso parassimpático, que diminui as atividades com a idade. “Sabemos que os sistemas simpático e parassimpático influenciam a produção e a eliminação de peptídeos e proteínas relacionados ao Alzheimer”, disse a professora Mara Mather, da University of Southern California, em um comunicado.
A tese não testou quanto tempo duraram os efeitos e se podem ser sustentados por meio da manutenção dos exercícios por meses.
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