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Segundo o levantamento, os tamanhos atuais de fracos conduzem a um desperdício de US$ 133 a US$ 336 milhões todos os anos - (crédito: Christine Sandu/Unsplash)
O sistema de saúde dos Estados Unidos (Medicare) desperdiça em média US$ 336 milhões por ano por causa de doses do medicamento Iecanemab, usado para tratar a doença de Alzheimer. O sistema poderia economizar até 74% do dinheiro perdido com a introdução de um novo tamanho de frasco, sugere um estudo publicado nesta segunda-feira (14/10) na revista científica JAMA Internal Medicine.
As doses do medicamento são administradas com base no peso corporal de cada paciente. No entanto, como o remédio só está disponível em frascos de 200mg e 500mg de uso único, quantidades substanciais do medicamento são descartadas quando a dose prescrita é menor do que a quantidade dos frascos.
Por exemplo, um paciente de 65kg receberia uma dose de 650mg. Seriam fornecidos a ele um frasco de 500mg e outro de 200mg, e assim 50mg acabariam desperdiçados.
Uma pesquisa anterior conduzida pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) estima que o tratamento com o remédio, mais os custos acessórios como o tratamento do inchaço cerebral associado ao medicamento, poderia custar ao Medicare entre US$ 2 a US$ 5 bilhões ao ano.
Segundo o levantamento, os tamanhos atuais de fracos conduzem a um desperdício de US$ 133 a US$ 336 milhões todos os anos. A quantidade eliminada de Iecanemab de 16 doentes poderia fornecer medicação suficiente para mais de uma pessoa. Esse desperdício poderia ser reduzido em 75% se fosse adicionado um fraco de 75 mg, sem prejudicar a qualidade dos cuidados ou arriscar um aumento do preço superior à inflação.
“É imperativo reduzir as despesas com serviços que não melhoram a saúde dos doentes, e este é um excelente exemplo disso, uma vez que o Medicare paga um medicamento apenas para, literalmente, jogar parte dele fora. Existem oportunidades significativas de poupança mesmo com este único medicamento, o que implica que poderiam ser obtidas poupanças ainda maiores se as soluções que propomos fossem aplicadas a outras terapias de infusão", explica Frank Zhou, autor principal do estudo e estudante de Medicina na UCLA.